Vereadores participam da tradicional sessão cívica do 13 de Maio nas ‘Cravinas’

Evento alusivo ao aniversário da Lei Áurea, realizado desde o fim do século XIX, é um dos mais antigos do município

A sessão cívica promovida pela Associação Santarritense José do Patrocínio a cada aniversário da abolição oficial da escravatura voltou a acontecer no último sábado (14), com a participação dos vereadores Duzinho (PDT), Gato da Corrida (Cidadania) e Reinaldo Galinho (Cidadania). Um dos eventos mais antigos do município, realizado desde o fim do século XIX, o 13 de Maio está entre as tradições mantidas pela associação cultural e recreativa conhecida como “Cravinas” por ter sediado o antigo bloco de carnaval Mimosas Cravinas.

A edição deste ano foi conduzida pela pedagoga Prof.ª Jéssica Alcione Ribeiro Alves dos Santos, dirigente das “Cravinas” e coordenadora do Projeto Cultura Afro Santarritense. Também foram oradores da noite, entre outros, o mestre de capoeira Mauro Lúcio do Nascimento (Pantera) e a atriz Fernanda Teodoro, que falaram sobre o racismo e a importância do povo negro na construção do Brasil. Houve apresentação de capoeiristas e anúncio da nova Rainha do 13 de Maio, a menina Dandara.

O evento contou com a presença de representantes de agremiações carnavalescas, da cultura hip-hop e de religiões de matriz africana como o babalorixá Rafael Aflísio (presidente do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural), da historiadora Prof.ª Patrícia Aparecida Vigilato (primeira mulher negra eleita para a Academia de Letras, Ciências e Artes da cidade) e do secretário municipal Janilton Prado (Cultura, Esporte, Lazer e Turismo).

O 13 de Maio de 2022 é o primeiro a ser realizado após a criação do feriado do Dia da Consciência Negra (20 de novembro) pela Lei n.º 5.443, de autoria dos vereadores Gato da Corrida (Cidadania) e Uiles (PDT). Também são de iniciativa da Câmara Municipal as leis que dão nomes de dois fundadores da Associação José do Patrocínio a ruas do Bairro São Benedito: Maria Idalina de Jesus, a “Maria Bonita” (n.º 3.191/1999), e José Pamphirio Rosa (n.º 4.997/2017).